sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Paixonite

Quando estamos apaixonados passamos a ver a realidade um pouco diferente. Os sinais não são tão bem interpretados e as emoções ficam afloradas. É por isso que eu tenho os pés bem firmes no chão. Não gosto de ver as coisas destorcidas ou burlar algo para ver apenas o conveniente. Nunca fui assim, não gosto de ser assim.

Mas a vida nos prega peças e acabamos caindo em situações inesperadas. Fiquei apaixonada. Tão apaixonada que nem queria ver a dura realidade de ele não corresponder, afinal:
Se uma pessoa sabe que a outra só vai ficar uma semana na cidade, tentaria se encaixar em tds as horas livres pra ficar mais juntinho; ligaria ou mandaria sms para ser lembrado, ou simplesmente pra ouvir a voz e rir um pouco; marcaria algo e ficaria apreensivo pelo encontro e não “desbundava” na cama dormindo a tarde toda. Quem não faria isso? Ora, quem não estivesse interessado.

Tah, eu consigo ver essas coisas em raros momentos de sanidade, mas a situação agrava quando ele aparece do nada, me abraçando forte com aqueles beijos gostosos que me deixam sem reação. Ou simplesmente liga marcando algo, sem querer marcar ou deixa uma tarde completa a minha disposição para a saudade ser morta. É confuso. Fico pirada.

É a paixão que finalmente aparece e tenho que me manter forte deixando de lado, pelo simples fato de ele ser um idiota. É, vida dura. Como fui ter essa paixonite por essa pessoa?


>> “O nosso amor é uma mentira que a minha vaidade quer” (Cazuza)

Um comentário:

Danilo Zenas disse...

E quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração?